sábado, 30 de abril de 2011

30 de Abril - Dia Nacional da Mulher

LEI Nº 6.791 - 09/06/1980

Foi no dia 30 de abril que nasceu a fundadora do Conselho Nacional da Mulheres, Sra. Jerônima Mesquita. Como homenagem àquela extraordinária mulher, grande filantropa, foi escolhido o dia de seu nascimento para se comemorar o Dia Nacional da Mulher.
Derrubaram-se tabus, obstáculos foram vencidos, a ocupação dos espaços foi iniciada. Graças à coragem de muitas, as mulheres conquistaram o direito ao voto, a chefia dos lares, colocação profissional, independência financeira e liberdade sexual. Apesar de válidas, essas aberturas ainda são uma gota num oceano de injustiças e preconceitos.
No último século, o movimento feminista contribuiu imensamente para a efetivação das conquistas das mulheres. Embora muito tenha sido feito, as respostas às questões femininas são pouco eficazes, já que os homens ainda detêm a hegemonia em diversos setores sociais. As politicas públicas ainda devem muitos feitos à população feminina.
Dia Nacional da Mulher
Prova da necessidade de maior reconhecimento da mulher é a própria institucionalização de uma data-homenagem; se a sociedade efetivamente tivesse incorporado a idéia de que os dois sexos estão em pé de igualdade, não haveria necessidade de se criar um dia para lembrá-la; seria uma atitude inútil e redundante.
A busca incessante por um lugar ao sol está apenas começando. As mulheres seguem às voltas com os mais variados tipos de violência: no lar, no trabalho e na sociedade. São vítimas, na maioria das vezes silenciosas e indefesas, de agressões físicas, sexuais e psicológicas de todos os tipos e intensidades. E de outras tantas formas de violência, bem mais sutis, embora não menos perversas, como a desvalorização no mercado de trabalho (recebendo salários sempre menores do que os homens que exercem as mesmas funções), as dificuldades de ascensão a postos de comando (nas empresas e na política) e a dupla jornada, entre outras tantas.
Ao contrário do que se possa pensar, não é necessária uma "Guerra dos Sexos" para que o quadro de injustiças se reverta. Sem destituir-se de sua feminilidade, as mulheres podem engajar-se numa luta forte, mas não necessariamente agressiva. Provar ao mundo que não é necessário se revestir de um invólucro masculino para intimidar seus oponentes. A força feminina é suave e poderosa por si só.
A história de lutas e conquistas de tantas mulheres, muitas delas mártires de seu ideal, no decorrer de quase dois séculos, leva a humanidade a iniciar um novo milênio diante da constatação de que ela buscou e conquistou seu lugar. Mais que isso, assegurou seu direito à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador.
Fonte: Planeta news

30 de Abril - Dia do Ferroviário

                                           Divulgação/RFFSA
O ferroviário, isto é, o trabalhador das estradas de ferro, também tem o seu dia. É o 30 de abril. Por quê? Porque em 30 de abril de 1854 inaugurou-se a primeira linha ferroviária do Brasil, numa viagem que contou com a ilustre presença do imperador dom Pedro 2º e da imperatriz Tereza Cristina.

A Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha cerca de 14km de trilhos, ligava o Rio de Janeiro a Raiz da Serra, na direção da cidade que batizou a ferrovia. Ela foi um empreendimento do empresário Irineu Evangelista de Sousa, que por isso recebeu do governo imperial o título de barão de Mauá.

Hoje, pode não parecer, mas as estradas de ferro e seus trabalhadores já foram muito importantes para o desenvolvimento de nosso país. A história do Brasil, em diversos sentidos, caminhou sobre os trilhos dos trens, puxada pelas locomotivas. Quer um exemplo surpreendente?

Os ingleses e o futebol
As duas primeiras bolas de futebol trazidas para o Brasil, que introduziu aqui esse esporte britânico, foram utilizadas numa partida entre os funcionários da São Paulo Railway (= estrada de ferro) e os da Companhia de Gás. Os ferroviários ganharam por 4 a 2.

Na verdade, assim como o futebol, a ferrovia é uma invenção dos ingleses. A primeira locomotiva da história foi projetada pelo engenheiro George Stephenson (1781-1848). Seus resutados para o transporte de carga e passageiros foram surpreendentes. Afinal, os transportes terrestres da época tinham tração animal e a locomotiva (de "locomotion", locomoção, movimento) atingia uma velocidade incrível: 20 quilômetros por hora.

Os trens rapidamente se difundiram no mundo e no Brasil. Aqui, em 1889 já havia 10 mil quilômetros de linhas férreas e, no centenário da inauguração da estrada de Mauá, em 1954, os trilhos já haviam atingido cerca de 40 mil quilômetros. Ao longo de todo esse tempo, várias outras vezes os ferroviários ajudaram a transportar nossa história.

A locomotiva da história
Em 1930, Getúlio Vargas pegou um trem no Rio Grande do Sul e seguiu para o Rio de Janeiro, conduzindo as tropas gaúchas que iriam depor o presidenteWashington Luís e começar um novo período da história nacional. Da mesma maneira, viajavam de trem as tropas paulistas que se insurgiram contra Getúlio em 1932, lutando pela promulgação de uma nova Constituição.

Na década de 1950, o trem era o principal meio de transporte entre as duas maiores cidades do país: São Paulo e o Rio de Janeiro. A ponte aérea só surgiria em 1959. Contudo, não foi o avião, mas a indústria automobilística, que o presidente Juscelino Kubitschek trouxe para o Brasil, na virada da década de 50 para a de 1960.

Com isso, as estradas de ferro entram em decadência. Infelizmente, pois se trata de um meio de transporte eficiente, barato e limpo, no que se refere à poluição ambiental. Hoje em dia, a malha ferroviária do país chega somente a cerca de 30 mil quilômetros, utilizada em sua maioria para o transporte de carga.

Trem-bala
Você pode estar pensando que isso é natural, que o trem era uma coisa do passado, que se tornou ultrapassada com o surgimento dos carros, dos ônibus, dos automóveis, mas isso absolutamente não é verdade. A importância do passado ressalta que as ferrovias também podem ser uma grande opção de transporte no futuro. Nas grandes cidades, os trens já são importantíssimos, transportando passageiros por debaixo da terra nos metrôs.

Além disso, a tecnologia ferroviária evolui muito ao longo de quase dois séculos. O trem-bala japonês, que une as cidades de Tóquio e Osaka, atinge uma velocidade média de 300Km/h. No Brasil o Ministério dos Transportes fala em abrir uma concorrência para criar uma PPP (Parceria Público-Privada) para a construção de um trem-bala entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

Ele percorreria os 400Km que separa as duas cidades em uma hora e meia, viajanado a uma velocidade média de 280Km/h. Este talvez já seja um bom motivo para se comemorar com entusiasmo o dia do ferroviário.